31 de janeiro de 2012
Avon demite vice-presidente do conselho
A Avon Products Inc. demitiu o vice-presidente do conselho, numa ação associada a investigações sobre possíveis subornos no exterior e divulgação de informações confidenciais para analistas de Wall Street, mostrando que a crise causada por esses problemas está chegando aos altos escalões da empresa.
Charles Cramb, vice-presidente do conselho a cargo dos mercados em desenvolvimento da empresa de venda direta de cosméticos, é o executivo de mais alto escalão a perder o emprego enquanto a companhia e o governo dos Estados Unidos investigam se a Avon infringiu a Lei Contra Corrupção no Exterior, que proíbe suborno de autoridades estrangeiras por parte de entidades americanas. Cramb era diretor financeiro até novembro e é o mais recente membro do alto escalão da empresa sediada em Nova York a ser demitido em conexão com as investigações.
Cramb foi demitido depois que surgiram indícios de que ele estava ciente desde o meio da década passada da corrupção envolvendo autoridades chinesas, disse segunda-feira uma pessoa a par da situação.
Esforços para localizar Cramb para solicitar comentários não tiveram sucesso.
A Avon divulgou um informe breve avisando que "uma medida de pessoal" foi tomada no domingo "em ligação com a já divulgada investigação interna da empresa e a questão da Regulamentação de Divulgação Justa", numa referência à legislação do mercado acionário americano para a revelação apropriada das informações das empresas.
A empresa avisou no informe que as duas investigações continuam mas não quis comentar a questão.
A Avon disse em outubro que a SEC, a comissão de valores mobiliários dos EUA, iniciou uma investigação sobre possíveis subornos de autoridades estrangeiras. A Avon disse também que a SEC investigava se a empresa divulgou indevidamente informações relevantes para analistas financeiros em 2010 e 2011.
Essa investigação envolve dados sobre a evolução do inquérito sobre corrupção que Cramb é acusado de divulgar a um analista do Citigroup Inc., disse a pessoa a par da questão na segunda-feira. O banco não quis comentar.
A Avon informou em outubro de 2008 que estava investigando se certas despesas com viagem, entretenimento e outros fins na China foram "incorridas impropriamente". A abrangência geográfica da investigação depois se expandiu para outras regiões como a América Latina, que responde pela maior parte da receita e lucro da empresa, disse uma pessoa familiarizada com a questão. A escala dos possíveis subornos também aumentou, disse essa pessoa.
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Fonte: The Wall Street Journal
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