31 de março de 2011

Saindo de Trás da Máquina

Para a indústria ganhar dinheiro é indispensável haver qualidade e produtividade. Cada vez mais, competir requer competência. Foi-se o tempo em que os clientes pagavam a conta com a incompetência empresarial embutida nos preços de venda. Hoje, nem o mais sofisticado marketing salva a empresa desorganizada. Até porque um bom marketing tem atrás de si um excelente produto ou serviço.

Qualidade é o que o cliente pensa que é. Quem julga o que é ou o que não é qualidade é o cliente. Como queremos o dinheiro do seu bolso, que ele dá para quem ele quer, nada mais justo do que “dançarmos conforme a música”, fazendo um produto ou serviço como ele deseja e aprova.

Dentro da empresa só existem custos, o lucro está fora dela. Por isso, há cada vez mais necessidade dos produtos e serviços serem criados de fora para dentro das organizações. Isso exige uma nova postura dos dirigentes. Implica em tirar o macacão de fábrica e realizar o papel de relações públicas da empresa, estabelecendo vínculos com o mercado. 

Nada muda se você não mudar. Empresa em que o dono “não sai de trás da máquina” dificilmente conseguirá crescer. Quando o dono do negócio se torna o “sabe-e-faz-tudo” e orgulha-se de ser um “bombril, mil e uma utilidades” do seu empreendimento, torna-se vítima de uma inversão dos papéis, passando a ser comandado pelos subordinados, pois os empregados acabam delegando de baixo para cima.

Mas afinal, por que os dirigentes devem sair de dentro das empresas? Porque somente assim poderão:

- Ver a empresa de fora para dentro
- Comparar-se com outras empresas e perceber melhor os seus pontos fortes e identificar suas
   debilidades
- Observar tendências, oportunidades e ameaças que impactam no seu negócio
- Ouvir a voz do mercado
- Fidelizar clientes
- Desenvolver fornecedores
- Prospectar novos clientes

Se você não é o maior, procure ser o melhor. Empresa de pequeno porte precisa fomentar nos seus colaboradores o comprometimento, a polivalência e o empreendedorismo. Se uma empresa tem 100 funcionários, esta depende teoricamente de 1% do esforço de cada empregado. Mas, o que dizer da micro e pequena empresa que possui apenas três funcionários? Esta teoricamente depende em 33,33% de cada funcionário. Isso mostra o quanto maior deve ser o cuidado dos empresários das pequenas empresas na hora de contratar. Como as instituições não dão conta de fornecer a mão-de-obra qualificada no volume e velocidade que as organizações demandam, restam às empresas que querem crescer tornarem-se experts na contratação, integração e desenvolvimento das pessoas.

Soeli de Oliveira é Consultora e Palestrante das áreas de Marketing, Varejo, Atendimento e Motivação do Instituto Tecnológico de Negócios. E-mail: soeli@sinos.net . Novo Hamburgo/RS.

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