20 de abril de 2009

Carrefour tem crescimento aqui e queda no exterior

Entre os 10 principais países emergentes em que o Carrefour atua, o Brasil e a Argentina foram os dois únicos mercados onde as vendas da varejista francesa cresceram nos três primeiros meses deste ano sobre igual período de 2008, considerando a mesma base de lojas existente em ambos trimestres. O desempenho positivo faz com que a América Latina continue se destacando mundialmente, sendo a única região neste ano em que o Carrefour apresenta aumento nas vendas pelo critério "mesmas lojas", principal indicador utilizado pelo varejo.

Enquanto na América Latina houve um crescimento de 5,1% no faturamento, as receitas na França e Europa caíram 5% e 5,3%, respectivamente. Na Ásia, a queda foi ainda maior, de 6,7%, considerando-se o movimento das lojas abertas há pelo menos um ano.

No Brasil, o Carrefour registrou, pelo critério de "mesmas lojas", um aumento de 2,3% no primeiro trimestre. Considerando todas as lojas, o faturamento do grupo (em reais) foi 11,7% maior. Mas em euros, devido à desvalorização do real, o faturamento do grupo caiu 3,4%, totalizando ? 1,922 bilhão de euros nos três primeiros meses.

O Pão de Açúcar anunciou na semana passada que suas vendas brutas no conceito "mesmas lojas" cresceram 4,6% em relação ao primeiro trimestre de 2008. A varejista saiu-se melhor que o Carrefour. Ontem, as ações do Pão de Açúcar tiveram forte alta na Bovespa, de 6%, após o anúncio de que o atual presidente, Claudio Galeazzi, estenderá sua permanência e ficará no grupo até 2010.

" O crescimento de 11,7% no primeiro trimestre comprova a estratégia acertada do Carrefour no Brasil. Assim como já havíamos observado em 2008, as turbulências econômicas não chegaram a atingir o varejo de modo expressivo também nesse início de 2009, o que nos faz reiterar a confiança nos negócios no Brasil", afirmou Pedro Daniel Magalhães, diretor de finanças do Carrefour no país.

A dura situação econômica mundial fez com que o Carrefour enfrentasse um cenário adverso. Pela primeira vez em seis anos, o grupo registrou queda nas vendas globais no primeiro trimestre - de 2,8%, para ? 22,72 bilhões de euros (US$ 30 bilhões). Os franceses e espanhóis cortaram gastos e as lojas na China tiveram "forte desaceleração".

Fonte: Valor Econômico

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