12 de março de 2009

Estoque alto derruba trigo

O mercado de commodities refletiu ontem o conteúdo do relatório divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. O maior impacto se deu com as cotações do trigo, que recuou 4,60%, para US$ 5,0825 por bushel (contrato maio), na Bolsa de Chicago (CBOT). Os preços caíram porque, inesperadamente, o Usda aumentou a estimativa dos estoques mundiais devido ao recuo da demanda por alimentação animal.

O preço do milho caiu pela primeira vez em quatro sessões e a soja anulou um ganho anterior depois que o Usda reduziu sua previsão para a demanda mundial e defendeu que os estoques serão mais elevados do que se acreditava há um mês.

As reservas mundiais de milho antes da colheita deste ano no hemisfério norte serão da ordem de 144,62 milhões de toneladas, alta de 5,8% em comparação com as estimativas de fevereiro que apontavam para 136,66 milhões e acima dos 129,96 milhões registrados no ano anterior.

Os estoques mundiais de soja somarão no dia 30 de setembro deste ano 49,95 milhões de toneladas, alta em relação aos 49,87 milhões estimados em fevereiro, uma vez que o consumo mundial sofreu queda de 1,7% este ano, segundo o USDA. "O informe mostrou que a demanda mundial será anêmica este ano, levando a um aumento da oferta superior àquele esperado pelos analistas do setor", afirmou Don Roose, presidente do U.S. Commodities, em West Des Moines, Iowa. "A economia mundial está muito debilitada."

Os contratos de soja com vencimento em maio encerraram em baixa de 1,71% na Bolsa de Chicago, cotados a 862,00 centavos de dólar por bushel. Na BM&F Bovespa, os contratos com entrega prevista para abril fecharam negociados a US$ 20,40 a saca de 60 quilos.

O milho é o grão de maior destaque produzido nos Estados Unidos, respondendo por US$ 47,4 bilhões em 2008, seguido pela soja que registrou US$ 27,4 milhões, de acordo como os números do governo. Os EUA são os maiores produtores e exportadores mundiais de ambos os grãos. Os contratos de milho para maio fecharam em baixa de 2,93%, na CBOT cotados a 364,50 centavos de dólar por bushel.

Fonte: Gazeta Mercantil

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