8 de março de 2012

As mulheres são maioria nos supermercados paulistas






As mulheres são maioria nos supermercados paulistas. Pela primeira vez no setor a mão de obra feminina superou a masculina nas lojas e já representa mais de 161 mil trabalhadoras. A mulher busca oportunidades no mercado de trabalho e ocupa cada vez mais posições de destaque, inclusive no varejo.

“A mulher desempenha um papel importante no setor. Além das donas de casa representarem a maioria dos nossos consumidores, agora também são a maioria dos trabalhadores”, disse o presidente da Associação Paulista de Supermercados (APAS) João Galassi.

De acordo com levantamento da APAS, por meio de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, no Estado de São Paulo os supermercados empregam 320 mil colaboradores. Destes, 50,5% (161 mil) são mulheres e 49,5 % (159 mil) homens.

“Os números refletem uma tendência mundial de mulheres ocupando cada vez mais postos de trabalhos”, explica o diretor de Economia da APAS Martinho Paiva Moreira. “As mulheres ocupam posição de destaque em diversos setores de atividade econômica. Parcela significativa delas assumiram a chefia da família e buscam oportunidades no mercado de trabalho.”

Este é o primeiro ano em que a quantidade de mulheres supera a quantidade de homens empregados nos supermercados em todo o estado, e provavelmente, a tendência é que este comportamento continue sendo verificado. “Em 2010, a relação era praticamente igual, mas ainda possuía maioria masculina. Nos últimos cinco anos, a média de crescimento na contratação de mulheres está em torno de 2,5% ao ano, enquanto a contratação de homens cresce em torno de 1,5%”, analisa Moreira.

Segundo o diretor, o cenário deve se manter em uma proporção entre 51% e 53% a favor das mulheres. “Esta é uma tendência não somente no setor supermercadista, mas em todos os segmentos de atividade”, conclui.

Cai a diferença de remuneração

Um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e da Fundação Seade mostra que entre 2010 e 2011, na Região Metropolitana de São Paulo, houve queda na diferença entre as remunerações pagas a mulheres e homens. O aumento médio real por hora no sexo feminino passou de R$ 7,14 para R$ 7,32, e entre os homens os salários subiram de R$ 9,49 para R$ 9,54. Em termos porcentuais, as altas foram de 2,4% e 0,4%, respectivamente.

De acordo com a pesquisa "Mulheres no Mercado de Trabalho da Região Metropolitana de São Paulo", enquanto em 2010 os valores médios dos rendimentos das mulheres correspondiam a 75,2% dos obtidos pelos homens, em 2011 essa proporção passou para 76,7%. Para a analista do Dieese Ana Maria Belavenuto, apesar do crescimento significativo do rendimento das mulheres, equiparar as remunerações ainda é o grande desafio.

Fonte: Portal APAS

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